sexta-feira, abril 27, 2007

O cristianismo é uma coisa séria

Amar significa servir. Jesus deu-nos o exemplo.

Servir, esta é uma palavra que parece degradar a pessoa. Diminuí-la, levá-la de alguma forma a um nível inferior. E no entanto, todos gostamos de ser servidos...
O cristianismo é servir,... servir a todos..., considerar TODOS nossos patrões. Servir, servir.

O Cristianismo é uma coisa séria. Não é um pouco de verniz, um pouco de compaixão, um pouco de amor, um pouco de esmola. Não! A nossa consciência tranquiliza-se com tão pouco...

E amar, ou de outra forma, servir o outro, é viver o outro. Ou seja, procurar entrar no outro, nos seus sentimentos, procurar carregar os seus pesos...
Porque o serviço que Jesus pede não é um serviço só de intenções, não é um sentimento de serviço. Jesus fala de um serviço concreto, com músculos, com pernas, com cabeça. É mesmo preciso servir.

sábado, abril 14, 2007

Corresponder ao Amor

A palavra agape, indica o amor oblativo de quem procura exclusivamente o bem do próximo; a palavra eros denota, ao contrário, o amor de quem deseja possuir o que lhe falta e anseia pela união com o amado. O amor com o qual Deus nos circunda é sem dúvida agape, mas é também ao mesmo tempo eros.

Jesus na cruz é a revelação mais perturbadora do Amor de Deus, um amor em que eros e agape, longe de se contraporem, se iluminam reciprocamente. Na cruz é o próprio Deus que mendiga o amor da sua criatura: Ele tem sede do amor de cada um de nós.
Poder-se-ia até dizer que a revelação do eros de Deus ao homem é, na realidade, a expressão suprema do seu agape. Na verdade, só o amor no qual se unem o dom gratuito de si e o desejo apaixonado de reciprocidade infunde um enlevo que torna leves os sacrifícios mais pesados.

A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é antes de tudo que acolhamos o seu amor e nos deixemos atrair por Ele. Mas aceitar o seu amor não é suficiente. É preciso corresponder a este amor e comprometer-se depois a transmiti-lo aos outros.

Papa Bento XVI (2007)

sexta-feira, abril 06, 2007

Lava pés

Foste escolher logo os pés... não foi por acaso, pois não? É claro que não.

Lavar os pés a alguém exige que olhemos para baixo, que nos baixemos. Não temos muito esse hábito, de nos rebaixarmos...

Custa-me pensar que o fizeste por mim. Era mais fácil dizer que como não estava lá, não era nada comigo, mas sei que não é verdade. Era comigo, ainda é.

Eu não merecia, e continuo sem merecer, que o faças por mim.


Podias ter escolhido as mãos, ou os braços,... mas não... escolheste os pés!


Os pés...